Amamentar o bebê com o leite materno, além de fornecer os nutrientes necessários para o crescimento, desenvolvimento dos órgãos e fortalecimento da imunidade, gera um laço entre mãe e filho muito forte.
Porém, existem casos onde as mães não produzem leite o suficiente ou tem problemas para bombear regularmente, mas não querem desistir inteiramente da amamentação e acabam optando por suplementar com fórmula.
E aí que surge o dilema. As dúvidas sobre a segurança e eficácia das fórmulas infantis em relação ao leite materno ainda é muito grande, por isso, é importante esclarecer alguns pontos antes de iniciar qualquer suplementação.
Leia a matéria até o fim para entender um pouco mais sobre as diferenças entre o leite materno e a fórmula infantil.
Ambos os alimentos fornecem energia, hidratação e nutrientes, de maneira que o bebê irá se desenvolver com qualquer um que receber. Entretanto, mesmo as fórmulas sendo consideradas um tipo leite mais seguro, não chegam perto da segurança e qualidade do leite materno.
Mesmo com todos os avanços na formulação e fabricação do leite em pó infantil, este não oferece todos os benefícios para a saúde quanto o leite humano, que é considerado o alimento perfeito para bebês humanos, pois desenvolve o cérebro e os sistemas digestório e imunológico, únicos e complexos.
A base das fórmulas normalmente é o leite de vaca, que não é seguro para os bebês humanos, por tanto, o leite passa por um processamento intenso para que se transforme em fórmula infantil e não cause problemas na criança.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde no Brasil recomendam fortemente o aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, os seis meses – que pode ser estendido até os 2 anos ou mais.
O leite materno é o alimento mais importante no início da vida de um bebê e fará uma enorme diferença em sua saúde, para o resto da vida. Nele, encontramos milhares de componentes benéficos para saúde e desenvolvimento do bebê, como:
O leite materno é o único leite “vivo”, conhecido também como “sangue branco”. Esse nome se deve a capacidade de variar sua composição no decorrer de uma mamada, sempre de acordo com as necessidades do bebê.
Por isso, se o bebê adoecer, o corpo da mãe produz mais glóbulos brancos e anticorpos, que passam para seu leite e ajudam a combater a infecção.
Além disso, estudos científicos mostraram que quanto mais tempo um bebê mama o leite materno, maior será a chance de ele se tornar um adulto com menos doenças.
Os ingredientes das fórmulas infantis podem variar conforme a marca e o tipo. A composição típica é feita de leite de vaca desnatado e processado, com adição de emulsificantes e estabilizantes que ajudam a misturar os óleos e a água na hora do preparo. Algumas delas costumam conter:
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Nelas são feitas diversas modificações, para que possa ser oferecida aos bebês, que por algum motivo não recebem o leite materno ou, se necessário, em associação com o mesmo, sempre sob orientação do pediatra.
Hoje já existem diversos tipos de fórmulas, para todos os tipo de necessidades. Podemos citar as de leite de cabra, de soja e as hipoalergênicas, que podem conter uma mistura diferente de ingredientes, por exemplo.
Essa é uma dúvida muito constante entre as mães, mas a resposta é sim.
Especialistas em amamentação recomendam que a mãe espere até que haja uma rotina de amamentação e produção de leite bem estabelecidas – algo em torno dos dois meses de vida da criança. Dessa forma, a introdução da fórmula não atrapalha a adaptação do bebê e do corpo da mulher durante o aleitamento.
Contudo, a decisão de iniciar o complemento com fórmula infantil, deve ser tomada em conjunto com o pediatra. O médico irá considerar fatores como o ganho de peso e a curva de crescimento, padronizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, disponível no site do Ministério da Saúde.
Assim sendo, tanto o médico como a mãe poderão perceber se a criança anda se desenvolvendo menos do que o esperado.
Vale lembrar que, o uso eventual de fórmulas sempre traz o risco de afetar a amamentação do bebê. Por isso, a melhor opção sempre será a de alimentar a criança com o leite materno.
Portanto, quaisquer que sejam as razões para realizar a suplementação no bebê, tenha em mente que o pouco que seja de leite materno é sempre melhor do que nada. Quanto mais você puder amamentar seu bebê, melhor.
Embora a fórmula consiga fornecer todos os nutrientes de que seu bebê precisa, ela não possui os fatores imunológicos únicos que protegem seu bebê de algumas doenças e ajudam no desenvolvimento seguro dele.
Por fim, sempre consulte o pediatra antes de iniciar qualquer complementação. Somente ele poderá indicar o tipo certo e orientar sobre o uso correto das fórmulas, conforme a necessidade da criança.