É muito comum que pacientes com hipertensão ou edemas crônicos sejam tratados com furosemida, um diurético bastante usado por pacientes que sofrem com a pressão alta. Isso porque o medicamento possui ações que ajudam a diminuir o excesso de sal no organismo, e consequentemente, faz com que a pressão do paciente diminua.
O medicamento é conhecido especialmente pelo nome comercial Lasix, e embora seja usado para baixar a pressão em casos mais brancos, existem outras condições de saúde que também se beneficiam da ação do fármaco no organismo.
Para que você entenda melhor sobre o medicamento, preparamos um post super explicativo sobre o assunto. Veja a seguir!
A furosemida é um medicamento com ação diurética, que promove o aumento de líquidos dentro do nosso organismo e faz com que eliminemos mais fluidos, consequentemente diminuindo o inchaço e quantidade de sódio do sangue.
Isso acontece porque não podemos urinar sal puro, e é necessário diluir o cloreto de sódio para que ele saia do organismo e não seja absorvido.
Esse diurético faz parte da classe de diuréticos de alça, inibindo a reabsorção de cloreto de sódio na alça de Henle, o que aumenta a excreção de sódio e volume de excreção urinária.
QUANDO CONSUMIDO EM DOSES ALTAS, O FÁRMACO PODE FAZER COM QUE O PACIENTE CONSIGA ELIMINAR ATÉ 20% DO SÓDIO FILTRADO PELOS RINS.
Porém, junto com o sódio, a furosemida também age estimulando a excreção de potássio, magnésio e cálcio, o que pode ser benéfico para quem sofre como excesso de potássio no sangue (hipercalemia), por exemplo.
O medicamento é usado para tratar especialmente edemas e condições de saúde que causem retenção de líquidos ou alterações hidroeletrolíticas, que acontece quando o paciente apresenta algum excesso de eletrólito no sangue.
Alguns exemplos de doenças que se beneficiam com o uso do fármaco são:
No entanto, apesar de poder ser usado para tratar pacientes com hipertensão, esse tipo de medicamento não é o melhor tratamento para todos os quadros de aumento da pressão.
Isso devido ao tempo de ação que é consideravelmente curto, sendo a melhor opção para esses casos os diuréticos da classe dos tiazídicos.
Normalmente o fármaco é administrado via oral e em jejum, e sua dose depende exclusivamente do quadro do paciente e da sua gravidade. Pessoas que sofrem com função renal quase normal devem tomar doses entre 20-80mg, que podem ser divididas em 2 doses menores por dia. Por exemplo, duas doses de 30 mg ao dia.
Em pacientes que possuem insuficiência renal crônica, é necessário administrar uma dose maior, que pode chegar até 200mg por dia.
De modo geral, independente do estado de saúde do paciente e da doença, inicia-se o tratamento com furosemida com uma dose de 40mg uma vez ao dia, podendo a dose ser aumentada ou diminuída de acordo com a resposta clínica do indivíduo.
ISSO PORQUE É NECESSÁRIO ENCONTRAR UMA DOSE QUE SEJA SEGURA A PONTO DE TRATAR A CONDIÇÃO DE SAÚDE SEM QUE O PACIENTE SOFRA DESIDRATAÇÃO OU OUTROS EFEITOS COLATERAIS.
Em situações graves, o diurético pode ser administrado por via intravenosa, podendo chegar a 160 mg por hora. Esse tipo de tratamento é feito especialmente para edemas graves e resistentes.
As doses normalmente precisam ser repetidas com frequência, já que a duração dos efeitos do medicamento são de apenas 6 horas.
A furosemida pode causar 3 tipos de reações adversas divididas em grupos específicos, como:
Por aumentar a eliminação de água e sais pela urina, os efeitos colaterais do medicamento acabam surgindo em decorrência de uma eliminação exagerada de líquidos, como:
Alguns pacientes com hipersensibilidade à sulfa podem ter reações alérgicas ao fazer o uso desse tipo de medicamento, causando urticárias, nefrite intersticial e angioedema.
Caracterizada pela lesão do ouvido, a ototoxicidade pode levar a perda total de audição transitória ou permanente, ocorrendo especialmente em casos de doses elevadas do medicamento por via intravenosa.
As doses baixas administradas da furosemida só causam ototoxicidade quando forem usadas em conjunto com antibióticos aminoglicosídeos, causando uma reação no organismo podendo levar à surdez.
Em alguns pacientes, a furosemida ainda leva a aumento de triglicerídeos, glicose e colesterol no sangue, podendo trazer problemas mais sérios de saúde.
Além de pacientes alérgicos aos componentes da fórmula, o furosemida também não pode ser usado por:
Muitas pessoas recorrem à diuréticos para perder peso, porém, os medicamentos que possuem essa ação no organismo não devem ser usados com o propósito de emagrecimento.
ISSO PORQUE, ALÉM DOS POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS QUE PODEM COLOCAR A SAÚDE DO PACIENTE EM RISCO, USAR A FUROSEMIDA PARA PERDA DE PESO FARÁ COM QUE O PACIENTE ELIMINE APENAS LÍQUIDOS E NÃO GORDURA.
Ou seja, a perda será proveniente do desinchaço do organismo, e não pela redução de gordura corporal.
Caso você não tenha nenhuma doença renal, a quantidade de urina eliminada diariamente está ligada com a quantidade de água no seu corpo. Isso significa que quanto menos você urina, menos água você está ingerindo, o que pode levar a quadros de desidratação.
Caso você use furosemida para tentar solucionar o problema, poderá agravar ainda mais o quadro e ainda desenvolver uma lesão renal.
Para resolver esse tipo de problema o ideal é aumentar a ingestão de água e chás naturais durante o dia, principalmente em dias mais quentes, já que durante o calor perdemos quantidades de água do corpo também pelo suor.
Depois de ver mais sobre a furosemida e para o que ela serve, consulte um especialista antes de se automedicar com esse ou qualquer tipo de fármaco. Isso porque, além de poder sofrer riscos de desenvolver efeitos colaterais graves, você pode acabar piorando o quadro usando doses acima do recomendado para o seu problema de saúde.
Remédios diuréticos são importantes para cardíacos e hipertensos mas não se automedique. Se o seu médico recomendar, a Farmaxxi oferece os melhores preços em remédios diuréticos!