Quarta causa de internação hospitalar no Brasil, a asma atinge 20 milhões de brasileiros, entre crianças e adultos. Mas é possível que esse número seja bem maior, aponta uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil ao Ibope. É que de 2 010 pessoas entrevistadas entre maio e junho de 2015, 44% disseram ter sintomas respiratórios, como tosse, chiado no peito e falta de ar – que podem ser sinais de doenças como asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (a DPOC). Durante a investigação, 35% dos indivíduos disseram ter “asma” e 37% mencionaram a “bronquite crônica”.
A questão é que a bronquite é bem menos frequente e costuma dar as caras após anos de tabagismo. Logo, para o médico José Eduardo Delfini Cançado, professor da Santa Casa de São Paulo e diretor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, que analisou os dados, é possível que, na verdade, essa parcela sofra mesmo é de asma.
Outro dado preocupante, agora do Instituto de Asma da Grã-Bretanha, é que nem metade dos portadores da doença reconhece a gravidade da condição – e um ataque de asma pode ser fatal. A boa notícia é que, de acordo com a pesquisa, 75% das internações de emergência seriam evitadas com atitudes simples no dia a dia. Conheça algumas e coloque-as em prática.
Em um estudo conduzido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), 58 pessoas com a forma moderada ou grave da doença, na faixa dos 30 aos 50 anos, foram convidadas a caminhar em ritmo acelerado na esteira por 30 minutos, duas vezes por semana. Ao final de três meses, os pesquisadores observaram uma redução nos sintomas e na gravidade do quadro — ou seja, os asmáticos ficaram mais dias livres de episódios de falta de ar. Além disso, tornaram-se mais tolerantes a fatores que irritam o sistema respiratório, como ácaro e fumaça. Uma notícia e tanto se pensarmos que, às vezes, um mínimo contato já dispara o maior sufoco.
Depois de analisar mais de 32 mil voluntários, um estudo da Universidade do Porto, em solo português, identificou esses alimentos como aliados na prevenção das crises — e no descanso das bombinhas. A razão por trás disso estaria na abundância de antioxidantes detectados nos vegetais, além do ômega-3, a gordura boa dos pescados. Por outro lado, os estudiosos portugueses viram que exagerar na gordura saturada, no sal e no açúcar tornava a asma mais grave.
Pesquisadores do Hospital Universitário Lausanne, na Suíça, perceberam que doses caprichadas de fibras — como soja, grão-de-bico, ervilha, feijão-carioca, cereal à base de trigo — induzem a uma reação menos intensa aos alérgenos que provocam crises. Tudo leva a crer que as fibras modificam a flora intestinal, culminando na multiplicação de bactérias boas. Essas, por sua vez, desempenham várias funções, como ajudar na formação de ácidos graxos capazes de reduzir processos inflamatórios. O que resultaria, em última instância, em menos muco nas vias aéreas.
Ele favorece inflamações nas vias respiratórias. Atenção: o fumo passivo também leva à piora dos sintomas. Ou seja, mesmo se o asmático não fumar, ele pode ser prejudicado pelo fumacê dos outros.
Não é apenas o pelo do bicho que pode deflagrar o surto. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a descamação natural da pele do animal, além de sua saliva e urina são capazes de atuar como gatilhos para a doença.
Acredite: os quilos extras atrapalham quem tem a doença respiratória. Pesquisas mostraram que a leptina, hormônio conhecido por controlar a fome, também dilata as vias aéreas. Só que o excesso de gordurinhas pelo corpo faz com que essa substância não trabalhe direito.
Esses bichinhos microscópicos e seus excrementos pioram a asma e a inflamação dos brônquios, segundo a SBPT. Eles também são encontrados em locais como colchões, travesseiros, carpetes, bichos de pelúcia, estantes e papéis, de acordo com informações da SBPT.
Elas podem causar sintomas de asma. Por isso, proteja-se da gripe e do resfriado comum.
E não se esqueça: existem medicamentos para aplacar os sintomas e trazer maior qualidade de vida para os pacientes. O tratamento é distribuído gratuitamente aos usuários pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para ter acesso aos remédios, é necessário apresentar um documento de identidade com foto, o CPF e uma receita médica dentro do prazo de validade (120 dias) — a receita pode ser emitida tanto por um profissional do SUS quanto por um médico da rede privada.
7 Comments
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