Fórmula e Leite materno – Quais as principais diferenças entre eles?

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Fórmula e Leite materno – Quais as principais diferenças entre eles?

Amamentar o bebê com o leite materno, além de fornecer os nutrientes necessários para o crescimento, desenvolvimento dos órgãos e fortalecimento da imunidade, gera um laço entre mãe e filho muito forte.

Porém, existem casos onde as mães não produzem leite o suficiente ou tem problemas para bombear regularmente, mas não querem desistir inteiramente da amamentação e acabam optando por suplementar com fórmula.

E aí que surge o dilema. As dúvidas sobre a segurança e eficácia das fórmulas infantis em relação ao leite materno ainda é muito grande, por isso, é importante esclarecer alguns pontos antes de iniciar qualquer suplementação.

Leia a matéria até o fim para entender um pouco mais sobre as diferenças entre o leite materno e a fórmula infantil.

Quais as diferenças entre a fórmula e leite materno?

Ambos os alimentos fornecem energia, hidratação e nutrientes, de maneira que o bebê irá se desenvolver com qualquer um que receber. Entretanto, mesmo as fórmulas sendo consideradas um tipo leite mais seguro, não chegam perto da segurança e qualidade do leite materno.

Mesmo com todos os avanços na formulação e fabricação do leite em pó infantil, este não oferece todos os benefícios para a saúde quanto o leite humano, que é considerado o alimento perfeito para bebês humanos, pois desenvolve o cérebro e os sistemas digestório e imunológico, únicos e complexos.

leite de vaca só deve ser dado para o bebê após ele completar 1 ano de vida ou, quando liberado pelo pediatra.

A base das fórmulas normalmente é o leite de vaca, que não é seguro para os bebês humanos, por tanto, o leite passa por um processamento intenso para que se transforme em fórmula infantil e não cause problemas na criança.

Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde no Brasil recomendam fortemente o aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, os seis meses – que pode ser estendido até os 2 anos ou mais.

O que contém no leite materno?

O leite materno é o alimento mais importante no início da vida de um bebê e fará uma enorme diferença em sua saúde, para o resto da vida. Nele, encontramos milhares de componentes benéficos para saúde e desenvolvimento do bebê, como:

  • Anticorpos, que atuam no combate a doenças;
  • Nucleótidos e hormônios, que ajudam a desenvolver padrões de sono saudáveis e regulam o apetite;
  • Células-tronco, que atuam no desenvolvimento e reparação de órgãos;
  • Glóbulos brancos, que age no combate às infecções;
  • Bactérias benéficas, que protegem o sistema digestivo do bebê;
  • Prebióticos, que ajudam a manter o intestino saudável;
  • Ácidos graxos de cadeia longa, que atuam no desenvolvimento do cérebro, do sistema nervoso e dos olhos;
  • Enzimas, que ajudam nos sistemas digestório e imunológico.
Amamentar acalma o bebê e reforça o laço emocional com a mãe, trazendo segurança ao bebê.

O leite materno é o único leite “vivo”, conhecido também como “sangue branco”. Esse nome se deve a capacidade de variar sua composição no decorrer de uma mamada, sempre de acordo com as necessidades do bebê.

Por isso, se o bebê adoecer, o corpo da mãe produz mais glóbulos brancos e anticorpos, que passam para seu leite e ajudam a combater a infecção.

Além disso, estudos científicos mostraram que quanto mais tempo um bebê mama o leite materno, maior será a chance de ele se tornar um adulto com menos doenças.

O que contém nas fórmulas infantis?

Os ingredientes das fórmulas infantis podem variar conforme a marca e o tipo. A composição típica é feita de leite de vaca desnatado e processado, com adição de emulsificantes e estabilizantes que ajudam a misturar os óleos e a água na hora do preparo. Algumas delas costumam conter:

  • Lactose, um açúcar natural encontrado no leite e outros açúcares, como xarope de milho, frutose ou maltodextrina;
  • Óleos extraídos de plantas, como o de palma, canola, coco, girassol e soja;
  • Ácidos graxos, normalmente derivados de óleo de peixe;
  • Vitaminas e minerais de origem animal e vegetal;
  • Algumas enzimas e aminoácidos;
  • Nucleotídeos;
  • Probióticos (presente em algumas fórmulas).
fórmula infantil é o substituto mais seguro nos casos em que o leite materno não pode ser oferecido ao bebê.

Ofertas de Leites e Fórmulas Infantis

Nelas são feitas diversas modificações, para que possa ser oferecida aos bebês, que por algum motivo não recebem o leite materno ou, se necessário, em associação com o mesmo, sempre sob orientação do pediatra.

Hoje já existem diversos tipos de fórmulas, para todos os tipo de necessidades. Podemos citar as de leite de cabra, de soja e as hipoalergênicas, que podem conter uma mistura diferente de ingredientes, por exemplo.

É possível intercalar o uso entre a fórmula e o leite?

Essa é uma dúvida muito constante entre as mães, mas a resposta é sim.

Do nascimento ao 6º mês, especialistas indicam exclusivamente o aleitamento materno.

Especialistas em amamentação recomendam que a mãe espere até que haja uma rotina de amamentação e produção de leite bem estabelecidas – algo em torno dos dois meses de vida da criança. Dessa forma, a introdução da fórmula não atrapalha a adaptação do bebê e do corpo da mulher durante o aleitamento.

Contudo, a decisão de iniciar o complemento com fórmula infantil, deve ser tomada em conjunto com o pediatra. O médico irá considerar fatores como o ganho de peso e a curva de crescimento, padronizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, disponível no site do Ministério da Saúde.

Assim sendo, tanto o médico como a mãe poderão perceber se a criança anda se desenvolvendo menos do que o esperado.

Vale lembrar que, o uso eventual de fórmulas sempre traz o risco de afetar a amamentação do bebê. Por isso, a melhor opção sempre será a de alimentar a criança com o leite materno.

As fórmulas e leite materno devem ser oferecidos a criança quando elas demonstrarem sentir fome.

Portanto, quaisquer que sejam as razões para realizar a suplementação no bebê, tenha em mente que o pouco que seja de leite materno é sempre melhor do que nada. Quanto mais você puder amamentar seu bebê, melhor.

Embora a fórmula consiga fornecer todos os nutrientes de que seu bebê precisa, ela não possui os fatores imunológicos únicos que protegem seu bebê de algumas doenças e ajudam no desenvolvimento seguro dele.

Por fim, sempre consulte o pediatra antes de iniciar qualquer complementação. Somente ele poderá indicar o tipo certo e orientar sobre o uso correto das fórmulas, conforme a necessidade da criança.

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