No dia 5 de Janeiro tivemos o anúncio do Ministério da Saúde sobre a liberação da vacinação contra o novo Coronavírus para crianças com idades entre 5 a 11 anos. No entanto, a vacinação contra Covid para crianças vem gerando bastante controversa e dúvida entre os pais e responsáveis.
Apesar da decisão não tornar obrigatória a vacinação, o medo surge em torno das questões referentes aos efeitos colaterais e, também pela falta de informação.
Portanto, para esclarecer as dúvidas sobre a vacinação contra Covid para crianças, desenvolvemos esse conteúdo com as principais informações. Leia até o final e saiba mais!
O início da vacinação será agora no mês de Janeiro e será realizada por faixa etária, com prioridade para as crianças que possuem comorbidades ou deficiências permanentes.
O Ministério da Saúde recomenda que os pais busquem recomendação prévia médica antes da imunização.
Além disso, a vacinação dor será feita com o imunizante da Pfizer, autorizado para aplicação no público infantil pela Agência Nacional Vigilância Sanitária – Anvisa, com o intervalo de 8 semanas entre a primeira e a segunda dose.
No mundo, mais de 30 países já autorizaram ou iniciar a vacinação contra o novo Coronavírus em crianças menores de 12 anos. Veja a baixo alguns dos países que já tomam essa atitude:
Vale destacar que, na maioria dos países o imunizante aplicado é o da Pfizer/BioNTech, que possui eficácia de quase 91% na prevenção da doença em crianças pequenas. No entanto, há diversas vacinas sendo adotadas para essa faixa etária ao redor do mundo como, por exemplo, a Sinopharm, Sinovac (Coronavac) e Soberana 02.
Veja a baixo como irá funcionar a vacinação no Brasil:
A vacinação infantil já começou em diversas cidades, entre elas: Salvador, Florianópolis, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Vitória, São Luís, Aracaju, Brasília e João Pessoa.
Além disso, nesta segunda feira (17), começou em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba a vacinação contra Covid para crianças.
Sim. Conforme especialistas, os benefícios que a vacina contra Covid-19 proporciona, superam os riscos.
A Covid-19 é uma doença viral prevenível por vacina que mais mata crianças.
Só no Brasil, mais de 2.500 crianças e adolescentes que perderam a vida para a Covid-19, em dois anos de pandemia. Contudo, se somarmos todas as mortes por coqueluche, diarreia, sarampo, gripe, meningite, o número ainda seria muito menor.
Conforme foi divulgado em nota técnica pelo governo, a ordem de prioridade na imunização será:
Não, mas o Ministério da Saúde orienta que os pais procurem a recomendação de um médico antes da imunização, no entanto, não será exigido a receita médica para aplicação da vacina.
Além disso, a autorização por escrito só é necessária se não houver a presença dos pais ou responsável legal no momento em que a criança for vacinada.
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Assim como em adultos, a vacinação será realizada em dias dozes com intervalo de 21 dias. Porém, a dosagem, composição e a concentração são diferentes da utilizada em adultos.
Veja a seguir, as principais diferenças entre as duas formulações:
CARACTERÍSTICAS | Crianças de 5 a 11 anos | Pessoas de 12 anos ou mais |
Dose | 10mcg | 30mcg |
Concentração RNAm | 0,1mg/mL | 0,5mg/mL0,3mL |
Volume | 0,2mL | 0,3mL |
Doses por frasco | 10 | 6 |
Diluente | 1,3mL | 1,8mL |
Armazenamento | 10 semanas em 2°C a 8°C | 1 mês em 2°C a 8°C |
Fonte: Agência Nacional Vigilância Sanitária – Anvisa
Além disso, o frasco da vacina infantil terá cor diferente da que é aplicada em adultos, para facilitar a diferenciação.
A agência não recomenda e orienta que haja um tempo mínimo de 15 dias entre a aplicação da vacina da Covid e outras vacinas do calendário.
As crianças apresentam sintomas mais frequentes semelhantes aos das pessoas com mais de 12 anos e, geralmente são leves ou moderados e costumam desaparecer dias após a vacinação. Veja:
A vacinação em crianças já sendo realizada em diversos países por todo o mundo e vem apresentando bons resultados, onde os benefícios superam os riscos.
Portanto, apesar de não ser obrigatório, é muito importante garantir a imunização das crianças, para evitarmos os alto número de mortes por uma doença que já conta com doenças para seu combate.
Sendo assim, se ainda houver dúvidas, consulte o médico pediatra para mais informações e outras orientações. Além disso, não se esqueça de reforçar com as crianças o distanciamento social, o uso máscaras e higienização das mão.